O mundo anda mesmo atrás de mim


Senti à pouco que o mundo anda atrás de mim. Primeiro foi um senhor que resolveu ocupar as quatro faixas da rotunda, de uma vez só, vindo quase contra mim. Com jeitinho lá desviou o volante a tempo do beijinho sedutor da chapa metálica.

No café, uma bandeja quase me atingia. Tal não foi a velocidade do condutor, que o torrada ficou colada à vitrine e o galão na mesa ao fundo. Foi servido o pequeno-almoço? Foi. Foi um atendimento rápido? Foi. A pessoa comeu tudo depois do desastre? Sim, mas os ocupantes da bandeja tiveram de ser levados para a morgue. Que o céu dos pequeno-almoços os guarde em paz.

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