O café não estava mau, faltava-lhe era temperatura

De volta à rotina do trabalho. De novo no Alentejo e desta vez por mais uns meses, assim espero. O café de hoje, primeiro antes de ir para a redacção, não estava mau, não fosse eu perder-me mais uns quinze minutos ao telefone e lá foi a parte do CAFÈ QUENTE abandonar-me a meio do percurso.

Sobra-me uma manhã tempestuosa com ‘designs de imprensa e ‘brainstormings comigo mesmo. A tarde vai trazer surpresas, não para mim, para a nova equipa. Bem vindos INTERURBANOS. Começa agora o primeiro dia da minha nova “oficina”.

Eu já falo com vocês mais daqui a pouco.

Fazer poemas com fotografias

No cabeçalho a foto que marca a que posso apelidar de terceira grande fase do meu percurso profissional. Depois de consolidadas as principais estratégias, segue-se a aposta. Com força, com vontade, com esperança e sobretudo com sentimento. Quem não sente, não vive! A aposta começou.

Maior notícia de sempre

Hoje o mundo começou outra vez pela manhã. Esta situação tende a repetir-se desde os primórdios da evolução. O Interurbano tentou contactar a Eternidade para obter algumas declarações pelo que nos foi barrado o acesso, devido a uma descrença popular que, de acordo com fonte oficial do gabinete das Manhãs – “não estamos ‘despertos para o problemas. Tentámos por varias vezes controlar a manhã, mas quando chegamos quase aos resultados, já é Tarde demais.”

Há quem já tenha apresentado queixa. Felíciano Abrunado, diz-se “maltratado, agredido e injuriado, pelas manhãs. Tenho dias que não suporto nada antes do meio dia e nosso governo não faz nada! Uma vergonha é como lhe digo, UMA VERGONHA”.

Fonte próxima e quase colada ao Governo revela que o número de queixas ainda não chega para se abrir inquérito com a finalidade de  apurar responsabilidades. “As pessoas não podem deixar de se queixar, mas também não podem ficar a dormir à espera que a situação melhore”, identifica Julio Pombinho, assessor do assessor do gabinete de assessoria do Tempo.

Resta-nos esperar que o problema se resolva, visto já se arrastar há demasiado tempo, nas palavras de Feliciano Abrunado – “se amanhã me volto a ‘manhurar, eu mesmo vou tratar disto através de justiça popular”, remata… e GOLOOOO…

BOM DIA!

Soube-me a pato

Banho com mais ou menos 10 000 litros de água, bem temperada. Fui respirar fundo até à piscina (respirar fundo debaixo de água… certo!!!).  Nadar meia hora, senão afogava-me, que isto de ser atleta já passou a altura.  Não vale a pena andar a tentar ser o Michael Phelps, nem um Ian Thorpe, que só por curiosidade é alégico ao cloro. Coerente. 😉

Enquanto estico os musculos não penso em mais nada, e por muito cansado que esteja, sabe-me sempre a ‘pato.

Continuo a achar que o uso da toca é uma palermice. Eu mal tenho cabelo! E não vamos entrar com a história da ‘higiene, da sanidade e esterilização, e da boa educação. Não vai ser a toca na cabeça que me vai salvar do xixi dos miudos e idosos que, com a frequente incontinência, me fazem tomar um banho ainda mais demorado, quando saiu da piscina.

Foi um ‘ganda splash! 😉

Ao dar volta a todos os albuns de Jason Mraz consegui, através das letras e poemas, rever alguns bocados de mim mesmo.Os músicos são poetas e almas, que de tão distantes, conseguem atingir a maior parte das pessoas com o seu trabalho. É quase como o hosóscopo!… :p

Antes do Boom Jason Mraz ter acontecido, já tinha albuns que a Raquel me enviava dos States. Tanto passou desde então. Passei a minha adolescencia e inicio de vida de crescido, a ouvir a boa música que ele fazia por lá.

Não ser capaz de distinguir uma serie de músicas, seria ridiculo, por isso deixo-vos por curisosidade, alguns dos melhores temas.

You and I Both – Mr. Curiosity – Song for a friend – Make it MineLife is wonderfulPlease don’t tell her

O meu estômago fez inversão de marcha

Fui abalrroado por uma paragem digestiva. O meu estômago resolveu meter férias, logo a seguir ao natal, e brindar-me com uma má disposição, ânsias, dor de cabeça e afins. Recuperado não estou porque a cabeça ainda parece pesar cinco quilos, mas pelo menos já me levantei da cama. Já não lembrava de como era estar doente, já que não é hábito há alguns anos.

Uns quilos de medicamentos e uns xaropes com sabor a rebuçado. Remédio santo. Bonito, bonito era conseguir  ir tomar um café à rua, mas não me parece que consiga. Vou ficar, por aqui, entediado, no belo monte no alentejo. Dito assim até parece coisa vip mas garanto-vos que, às vezes, de tão parado, só me apetece fugir.

Arte Urbana

Pode passar despercebido aos olhos de alguns. O centro histórico de Abrantes está velho e quase abandonado. Mas há sempre uma mente brilhante que vê para além dos outros. Onde outrora se via uma janela velha e húmida, agora é uma janela para o interior de uma casa.

Alguém, com dedicação, ofereceu a esta casa um novo conforto. Para além das suas bandas de madeira velhas e sem vidros, podemos entrar na cabeça de quem desenhou. Aconchega-se o pequeno nicho. Dá-se vida ao perdido. Não sei que artista. Não sei o nome,  mas agradeço-lhe por isso. Ainda há pessoas que não andam a viver só para si mesmos. Obrigado.

Novos Desafios

O novo ano trouxe ao Interurbano uma maior responsabilidade. O que se tornou num blog, por conveniência, é hoje um espaço com 9,000 visitas e aproximadamente 100 visitantes diários. Maior respeito pelos temas e maior abrangência, é o que se pretende, futuramente.

Interurbano criou novos separadores. Vai  poder identificar, através deles, cada um dos seguintes temas: URBANO, CRITICO E CRIATIVO.

Mais fácil, mais actual, mais urbano, como você! Obrigado pela sua visita. Interurbano, está melhor, por si.

Café e bagaço

Quero um café e um bagaço, para aliviar os dias em que estou menos bem. Um café e um bagaço. Se não houver café, tanto faz. Quero um bagaço. Por esta ou por outra ordem. Que seja um café traçado de bagaço ou um travo de bagaço a café. Mas quero um café e um bagaço. Que não me mudem a cor do café, nem o cheiro do bagaço. Que traga a alegria do gole e a estupidez da loucura. Que seja café sem melaço, porque hoje só quero, um café e um bagaço!

Linhas

Escrevi-te nos espaços das linhas, para não tocar os traços. Na folha de papel onde escrevia, desapareceram os límites que punha em cada passo. E começou tudo a rodar. A folha depressa se transformou numa persiana por onde se podiam esconder palavras menos sábias. Se cada linha me comesse uma palavra, escreveria frases sem sentido. E que importa frase, se não tem todas as. Se as faltarem não serão tão diferentes das outras? As que hoje faltam aqui, não são minhas, são das pessoas que.

De menta e chocolate /Short Story/

Pela tarde sentavas-te naquele cadeirao confortavel e juntos mantínhamos a nossa conversa de amantes. Passaram invernos desde que fiquei sozinho nesta casa. Muito ficou por dizer, por chorar, por apagar. Contigo levas-te apenas o que te seria mais útil, para trás, deixaste as recordações de uma vida passada.

O sofá, já remendado pelo tempo, parece-me hoje mais áspero e sem graça. Os seus remendos de napa seriam metáforas que deixas-te em mim. As tuas mãos delicadas e de uma suavidade que me invadia o corpo, costumavam acariciar-me o rosto quando adormecia neste cadeirão. Não parei de dar volta a tudo desde que te foste. Levanto-me. Dirijo-me ao psiché velho que, por tua escolha, colocas-te junto à lareira. Dentro dele vivem ainda, empoeirados, vinis que utilizavas para sempre me cantar. O velho gira-discos aponta mais uma vez com a sua agulha, para o circulo rugoso de musica. Escolhi um que gosto muito. Escolhi porque teria medo que o acaso levasse a melhor e ainda acabasse por me lembrar mais de ti.

Acendo a lareira. Lá fora só um impaciente cão late por ti e pela tua ausência. O som invade parcialmente a nossa sala. Os dois cadeirões, disposto paralelamente, como o nosso amor, aquecem mais uma vez os seus pés de madeira. No braço direito do meu cadeirao coloco a caneca de leite com travo a menta e chocolate. Como tu gostavas.

Hoje apetece-me recordar-te, mas pela manha espero já não estar aqui. Do teu cadeirao saiem lágrimas de espuma por imensos buracos de saudade. Chamam por ti. Adormeço sem dar luta a estes anos de cansaço. Acostei-me no meu refúgio de napa. Choro olhando para aquela porta de onde me juraste que não entrarias mais… Prefiro matar-te com o sentimento, que te pensar nos braços de alguém.

Quis o destino que assim fosse. Maldito que não recua, maldito porque não perdoa. Aguardo sozinho que a noite me mate em saudade ou então, se não acontecer, darei eu o passo fatal da minha despedida.

Sei que não vais voltar. Não quero eu voltar sem ti.          Liliano Puc.

Trazer a música connosco

Tenho evoluido aos poucos. A música acompanha-me há muitos anos, como todos sabem. E há algum tempo decidi aprender, por mim mesmo, a técnica que melhor se adequava ao que eu queria.

Depois, foi a primeira letra, a primeira música e a primeira composição. Hoje, já saio para a rua de viola na mão, como um “radical em início de carreira. Quem sabe, talvez a minha, um dia.

E juntando o útil ao agradável, também tenho quem me acompanhe nestas loucuras. E falta agradecer a todos aqueles que ouvem as mesmas músicas, meses sem fim. Entendam, o artista tem de treinar, heeheh!

A música faz-me bem!

Está na hora de me estrear no YOUTUBE com o meu primeiro original

Quem me conhece, e desde já as desculpas, sabe o número de vezes que toco este tema por dia. Ainda está verde, verde, verde, mas já fica aqui um exemplo daquilo que um dia, se tudo correr  bem, será uma música que, para além de ser um original meu,  trará lembranças e me fará recordar momentos.

STAY (Please) – Letra e música : Liliano Pucarinho

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liliano praia pego interurbano reportagem

Acção. Ponto um, completo. Dar conta do que está errado, limpar a “casa” e reavaliar objectivos. Nunca me tinha pensado tão metódico.

Agora é deitar fora tudo o que anda dentro de “casa” e que me anda a atrapalhar neste passo de gigante, que vou ter de dar. Preocupar-me com o que realmente merece “que me importe”. Que bonito português, quanto qualidade.  Vou falar sobre RISCO. Não isso também já falei.

Tomar atitudes responsáveis, tendo em consideração os outros, no seu entendimento geral. Mostrar as minhas capacidades e o quanto posso dar para este bocado do planeta! ( isto não quer dizer que eu não me preocupe com os ursos polares…) 

Música. Música a toda a hora minuto e segundo. Quem me conhece bem não vai estranhar, já que não faço outra coisa. Enfim, vamos lá levantar  acampamento que o dia já começou. Dêem-me só um minuto, vou ali comprar uns óculos aos chineses. ‘Bora lá? 

/ Risco /

Posso nunca vir a ter tudo o que quero. Ninguém o terá ao menos que dali se consiga distanciar e ver o quão egoísta seria se tivesse tudo o que o mundo tem. Posso nem sequer um dia ganhar campanhas e disputas. Porque o risco é um pedaço de medo que nos faz recuar e pensar demasiadas vezes. Porque quando se procura bem acaba-se por encontrar defeitos e saber que nada resultará, mas o risco é isso: conhecer tão bem o que vai falhar para que mais tarde não haja surpresas.

O produto vende melhor a quem conhece pouco. Quanto mais se sabe, mais defeitos se aponta.  Esse é o trabalho de um criativo, pensar em tudo o que não vai resultar, porque o resto são só palavras!